Procuro ficar sóbrio para tentar sair da rotina Arrumar outra musa, esquecer a mesmice da minha. Não quero a que abrasava-me mórbido depois escondia-me em qualquer lugar. Quero algo que me prenda, que me leve ao delírio, que me faça sonha e assim deseja-la mais e mais, Quero vê-la uma única vez e apaixonar-me loucamente. Fazer dela uma loucura perpetua a fim de trancafiá-la nas mais loucas e insanas das minhas paixões, Quero tê-la como cicatriz, para enfatizá-la deixando-me assim perplexo. Fechando-me no anexo, Tal anexo delirante, dopante me tornado assim amante da ilusão E depois, somente depois reencontra-la, assim poder viver a mais ardente das noites, possuindo e usufruindo o mais quente dos desejos, matando-me para santificar minha poesia.
Em madrugadas mudas lemos os mundos Girando em círculos junto à solitária lua Estáticos sombrios lentos becos de ruas Como cegos errantes mendigos imundos
Dentro da solidão da mera existência Devaneio meio aos bêbados titubeantes Drogados escarlates pedintes andantes Debatem no vácuo da concreta ânsia
Mulheres sensatas insensatas malditas benditas Homens em labor vicissitudes astúcia e fervor Veleidades vaidades aparência ou essência Insanos maldizentes averiguam sema amor
Deterministas tatuados tragam sua poesia De vida pintada em tela com tinta barata Escorrendo embaralhando e se esvaindo
Brindemos junto aos mendigos loucos Andarilhos ao léu fulguram no sol da manhã Pintem bebam e cantem e dancem e dancem
Excesso
ResponderExcluirSílvia Neves
Causa de ênfase
Simplicidade da catáfora
Excesso de metáfora
Natureza misteriosa incontida
Água da mina dos campos fluida
Simplicidade em versos tecida
Poesia que em largo sustenta
Aprofunda nutre e acalma
Suaviza latente alma
Explora a tragédia humana
O significante, o significado
Teatro profano palco sagrado
Texto que sensibiliza
Contexto polissêmico
Incontido arsênico
Vulcão em erupção
Heterogênea química
Inexplicável emoção!
DESVÁRIO DE UM POETA.(Jordan M. Andrade)
ResponderExcluirProcuro ficar sóbrio para tentar sair da rotina
Arrumar outra musa, esquecer a mesmice da minha.
Não quero a que abrasava-me mórbido depois escondia-me em qualquer lugar.
Quero algo que me prenda, que me leve ao delírio, que me faça sonha e assim deseja-la mais e mais,
Quero vê-la uma única vez e apaixonar-me loucamente.
Fazer dela uma loucura perpetua a fim de trancafiá-la nas mais loucas e insanas das minhas paixões,
Quero tê-la como cicatriz, para enfatizá-la deixando-me assim perplexo.
Fechando-me no anexo,
Tal anexo delirante, dopante me tornado assim amante da ilusão
E depois, somente depois reencontra-la, assim poder viver a mais ardente das noites, possuindo e usufruindo o mais quente dos desejos, matando-me para santificar minha poesia.
Madrugadas
ResponderExcluirSílvia Neves
Em madrugadas mudas lemos os mundos
Girando em círculos junto à solitária lua
Estáticos sombrios lentos becos de ruas
Como cegos errantes mendigos imundos
Dentro da solidão da mera existência
Devaneio meio aos bêbados titubeantes
Drogados escarlates pedintes andantes
Debatem no vácuo da concreta ânsia
Mulheres sensatas insensatas malditas benditas
Homens em labor vicissitudes astúcia e fervor
Veleidades vaidades aparência ou essência
Insanos maldizentes averiguam sema amor
Deterministas tatuados tragam sua poesia
De vida pintada em tela com tinta barata
Escorrendo embaralhando e se esvaindo
Brindemos junto aos mendigos loucos
Andarilhos ao léu fulguram no sol da manhã
Pintem bebam e cantem e dancem e dancem