sábado, 12 de março de 2011

                                                       Turma do Fim de Festa...Sempre
  Jordan, Leninha, Efigenia, Leandro, Silvia, Piedade e Dido

3 comentários:

  1. Excesso
    Sílvia Neves

    Causa de ênfase
    Simplicidade da catáfora
    Excesso de metáfora


    Natureza misteriosa incontida
    Água da mina dos campos fluida
    Simplicidade em versos tecida


    Poesia que em largo sustenta
    Aprofunda nutre e acalma
    Suaviza latente alma


    Explora a tragédia humana
    O significante, o significado
    Teatro profano palco sagrado


    Texto que sensibiliza
    Contexto polissêmico
    Incontido arsênico


    Vulcão em erupção
    Heterogênea química
    Inexplicável emoção!

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  2. DESVÁRIO DE UM POETA.(Jordan M. Andrade)

    Procuro ficar sóbrio para tentar sair da rotina
    Arrumar outra musa, esquecer a mesmice da minha.
    Não quero a que abrasava-me mórbido depois escondia-me em qualquer lugar.
    Quero algo que me prenda, que me leve ao delírio, que me faça sonha e assim deseja-la mais e mais,
    Quero vê-la uma única vez e apaixonar-me loucamente.
    Fazer dela uma loucura perpetua a fim de trancafiá-la nas mais loucas e insanas das minhas paixões,
    Quero tê-la como cicatriz, para enfatizá-la deixando-me assim perplexo.
    Fechando-me no anexo,
    Tal anexo delirante, dopante me tornado assim amante da ilusão
    E depois, somente depois reencontra-la, assim poder viver a mais ardente das noites, possuindo e usufruindo o mais quente dos desejos, matando-me para santificar minha poesia.

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  3. Madrugadas
    Sílvia Neves

    Em madrugadas mudas lemos os mundos
    Girando em círculos junto à solitária lua
    Estáticos sombrios lentos becos de ruas
    Como cegos errantes mendigos imundos


    Dentro da solidão da mera existência
    Devaneio meio aos bêbados titubeantes
    Drogados escarlates pedintes andantes
    Debatem no vácuo da concreta ânsia


    Mulheres sensatas insensatas malditas benditas
    Homens em labor vicissitudes astúcia e fervor
    Veleidades vaidades aparência ou essência
    Insanos maldizentes averiguam sema amor


    Deterministas tatuados tragam sua poesia
    De vida pintada em tela com tinta barata
    Escorrendo embaralhando e se esvaindo


    Brindemos junto aos mendigos loucos
    Andarilhos ao léu fulguram no sol da manhã
    Pintem bebam e cantem e dancem e dancem

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